quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vuvuzela marca início da Copa e simboliza luta do apartheid

A principal festa de abertura da Copa do Mundo da África do Sul não foi a desta quinta-feira (10), no estádio Soccer City, em Johannesburgo, marcada por celebridades internacionais, que participaram de um grande concerto, no estádio Orlando, em Soweto. A grande festa que marcou o início do Mundial aconteceu na quarta-feira (9), nas ruas de várias cidade do país, onde foi comemorado o “Vuvuzela Day”.


As vuvuzelas, ou bubuzelas, são as cornetas tocadas pelos sul-africanos em todas as partidas de futebol e em celebrações. Em Joanesburgo, maior cidade do país, cerca de 200 mil pessoas invadiram as ruas de Sandton, fazendo muito barulho para apoiar a seleção nacional. Por volta do meio-dia, horário local, os sul-africanos, com as vuvuzelas e bandeiras, se aglomeraram em frente ao hotel onde estão concentrados os Bafana Bafana, como uma espécie de boa-sorte para o Mundial.

Uma multidão também se concentrou no Mandela’s Square, onde há uma estátua de cerca de três metros de altura do líder sul-africano. E os Bafana Bafana finalmente desfilaram pela cidade, para delírio de milhares de torcedores e estrangeiros que saíram às ruas.

Nesta sexta-feira (11), as vuvuzelas com certeza estarão novamente troando na abertura oficial do Mundial, que acontece também no Soccer City, pouco antes da partida entre México e África do Sul, às 11h (de Brasília). Mas, muitos estrangeiros que participam desta Copa, e até já adotaram as vuvuzelas em suas torcidas, não sabem do significado do insistente toque das buzinas verde-amarelas na vida dos sul-africanos.

Ela é um símbolo da resistência do povo contra o odioso apartheid, regime de segregação racial que vigorou no país de 1948 até 1990. Tanto que até hoje ela ainda é proibida em vários lugares, especialmente os frequentados pelas classes mais altas. Com alegria ao invés de tristeza, a vuvuleza toca na memória do coração do sul-africano, lembrando que ainda há muito a construir neste país para superar as sequelas do apartheid. Que é preciso vigilância para não recuar nunca.
Fonte:

Portal Brasil

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