sexta-feira, 5 de março de 2010


Taça Jules Rimet


Taça Jules Rimet foi o nome que recebeu o troféu disputado na Copa do Mundo da FIFA até 1970. Nessa edição, o Brasil a ganhou em definitivo por ter conquistado o campeonato pela terceira vez.

Descrição

Sua imagem representa uma alegoria da Vitória com asas estilizadas. A figura tinha os braços levantados, e segurava uma copa de formato octogonal.

Tinha uma base em mármore sobre a qual foram assentados os nomes dos vencedores em pequenas placas.

Media 30 centímetros de altura e possuía 3,8 quilogramas em ouro puro, sendo seu peso total de 4 quilogramas.

Seu custo total ficou orçado em cinquenta mil francos, considerado uma grande soma na época.

Histórico

O oferecimento de uma taça foi proposto no Congresso da FIFA, ocorrido em 28 de maio de 1928, pelo seu Comitê Executivo, como recompensa pela conquista da primeira Copa do Mundo de Futebol.

O então presidente da Federação, Jules Rimet, ordenou que um troféu fosse feito, em ouro. Para a confecção da taça Coupe du Monde foi contratado o artesão francês Abel Lafleur, ficando pronta em abril de 1929. Um novo Congresso da entidade, realizado em Luxemburgo, a 1 de julho de 1946, decidiu que o nome da taça homenagearia seu idealizador, passando desde então a chamar-se Taça Jules Rimet.

Ainda por sugestão de seu idealizador, sua posse definitiva ficaria com o país que conseguisse vencer um total de três edições da Copa - algo que reputou extremamente difícil, imaginando que nenhum país fosse capaz de atingir esta marca, senão após muito tempo.

Durante a Segunda Guerra Mundial as Copas deixaram de ser realizadas. O troféu foi então escondido na própria casa de um desportista italiano, de nome Otorino Barassi.

Hoje a taça roubada no Brasil que pesava 3,8 kg de ouro, seria avaliada em R$ 784.000.

1966 - roubo da taça na Inglaterra

A Inglaterra iria sediar o Mundial de Futebol de 1966. A Taça Jules Rimet foi então colocada em exposição no Center Hall de Westminster, em Londres, junto a uma exposição filatélica. Apesar da intensa vigilância, o troféu desapareceu, em 20 de março de 1966.

O caso imediatamente ganhou o noticiário internacional. No Brasil a imprensa chegara a afirmar que tal coisa nunca ocorreria neste país, posto que até os ladrões eram fãs do esporte[1].

A Scotland Yard seguia às cegas, sem pistas do paradeiro do troféu, ou ainda de seu ladrão. Foi preso o autor do roubo, mas este nunca revelou onde estava a taça, nem confessara a ação.

No final do campeonato, com o duvidoso resultado final da Inglaterra, os argentinos disseram que este não havia sido maior roubo: e sim o de sua vitória.

O cão herói

Em 27 de março, um senhor de nome David Corbette passeava com seu cão Pickles numa praça do Sul da capital inglesa quando este, farejando um arbusto, localizou ali o valioso troféu, enrolado por jornais.

Como prêmio por sua heroica descoberta, Pickles ganhou, além da fama, o fornecimento de alimento pelo resto da vida, por parte de uma fábrica de comida canina.

Este sucesso, porém, não refletiu bem para a polícia britânica: dizia-se que Pickles deveria ser nomeado investigador da instituição, pois tivera sucesso onde ela falhara.

Vencedores

Tiveram a chance de erguer a taça os campeões mundiais de futebol:

A tríplice conquista conferiu ao Brasil o privilégio de ter a posse definitiva do troféu. Isso forçou a FIFA a elaborar uma nova Copa, desta feita sem entrega definitiva a nenhum dos vencedores, e chamada Copa Mundial da FIFA.

Roubo e destruição

O troféu passou a ser exibido na sede da Confederação Brasileira de Futebol. A incúria e desvelo para com o troféu fez com que uma réplica fosse trancada num cofre, enquanto a taça original ficasse exposta, sem muita segurança.

Em 20 de dezembro de 1983 o troféu foi roubado, e alguns dias depois a imprensa noticiava, com assombro, que o mais importante símbolo das conquistas futebolísticas do Brasil havia sido derretido, para a venda de seu ouro.

O crime restou desvendado, por uma série de acasos. Na Federação, entretanto, não se tem notícia de nenhuma punição pela incúria no trato do patrimônio comum do povo brasileiro, e com tamanha importância na história do futebol mundial.

Réplica definitiva

A despeito do descuido patrimonial, e da falta de responsabilização (apuração e punição pelo descaso), a FIFA ofereceu à CBF uma réplica, que ora encontra-se junto aos demais troféus da entidade. Esta foi feita por Eastman Kodak, com uso de 1,875 quilogramas de ouro, e foi concluída em 1986.

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